“Temos um relacionamento muito próximo mas não como antigamente”

Os clientes são aqueles que no início eram tratados com carinho. O meu Pai, que já vinha do Armando Costa, passa para os Armazéns Pedrosa e depois estabelece-se e, já conheceu a avó dos clientes. Às vezes, ainda está aqui:

- “Ai, conhecia a sua mãezinha!”
- “Não, não era minha mãezinha. Era a minha avó!”

Naquele tempo havia muita gente a vender e as pessoas já o conheciam. Portanto, foi mais fácil ao estabelecer-se ter esses clientes na mão e depois houve sempre um relacionamento.

Hoje nós temos um relacionamento ainda muito curto, muito próximo dos clientes, mas não como era antigamente. Antigamente eu acho que as pessoas, além de ir comprar, confiavam muito e o meu Pai confiava muito mais nas pessoas. Hoje as coisas não são assim. Com tanta oferta, o que é que acontece? As pessoas acabam por, se não pára aqui, compram acolá. É um bocado isso. O problema hoje é haver demasiada oferta e pouco dinheiro ou as pessoas não terem dinheiro para gastar. Nós somos mais apertados, porque o mercado também exige muito isso.

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