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Os dias quentes aproxima-se, e as nossas sugestões são muitas, destacamos o sal aromatizado para grelhados, os frescos de Groselha e Capilé (quem não se lembra?), sem corantes nem conservantes, e as novas conservas José Gourmet acompanhadas de receitas do conhecido chef Luís Baena.

“Decidi arriscar e ir para a frente com este projecto”

Eu fui despedida em Junho deste ano (2009) e só ficaria a trabalhar na empresa até finais de Julho, quando surgiu a oportunidade de ficar com o trespasse desta loja. Como eu ia estar desempregada durante um ano e meio, basicamente decidi que não queria ficar em casa e decidi arriscar e ir para frente com este projecto.

Foi uma coisa decidida muito rapidamente, porque eu deixei de trabalhar a 31 de Julho, comecei a tratar de tudo e abri a loja a 10 de Setembro. Portanto foi uma coisa muito rápida, muito trabalhosa, mas acho que foi uma boa opção.

“Nasceu a ideia de mercearia”

Eu como trabalhei numa companhia aérea tive oportunidade de viajar para alguns sítios e sempre que ia para esses sítios descobria umas lojas deste tipo onde eu ia explorar e trazia umas coisas, porque eu gosto sempre de trazer, principalmente produtos alimentares que me façam lembrar o sítio onde eu estive ou até para as pessoas que cá ficaram, trago sempre lembranças deste tipo. Então a loja nasceu um bocadinho dessa ideia, que eu achei que faltava aqui nesta zona e uma vez que é uma zona tão turística, achei que tinha tudo a ver. Isto não é uma loja gourmet, vendo maioritariamente produtos alimentares portugueses. Como só tenho produtos portugueses, nasceu a ideia de mercearia, porque queria dar a ideia da mercearia antiga.

Tenho aqui biscoitos da Paupério, que é uma empresa centenária típica de mercearia, tenho aqui alguns produtos que se calhar já são um bocadinho diferentes, mas a ideia era o cliente vir aqui ter um atendimento personalizado como tínhamos nas mercearias antigamente.

Depois também com a intenção de ter algum artesanato que casasse com o resto dos produtos, até porque a dimensão da loja não permite ter muitas coisas. Por isso há uma escolha muito selectiva principalmente do artesanato, não podem ser coisas que exijam ter muito espaço, ou ter muitos tamanhos de cada coisa que a dimensão da loja não o permite.

Claro que acho que o sítio onde a loja está, a Rua das Flores, como rua da minha memória de infância tinha tudo a ver, primeiro chamar-se mercearia, depois escolhi o nome de São Bento por estar perto da Estação de São Bento.

“O sítio é fundamental”

O sítio é fundamental, eu nunca abriria esta loja noutra zona. A zona basicamente tem que ter gente, mas também tem que ter público-alvo para o produto que eu tenho. Portanto a loja nestes moldes, numa zona residencial não tinha nada a ver. Por isso eu acho que é fundamental o sítio.

Horário da loja

Fecho ao domingo e também aos feriados, senão não aguento mas, se calhar se tivesse mais pessoas aqui a trabalhar comigo, até podia permitir estar aqui alguém ao feriado ou ao domingo. Os recursos humanos, também ditam um bocadinho as regras. Eu normalmente não fecho à hora de almoço, fecho um bocadinho para ir almoçar, mas não tenho horário de fecho, eu venho logo e abro, porque as pessoas quando estão a almoçar muitas vezes aproveitam para fazer compras, eu acho importante que as lojas estejam abertas à hora de almoço por exemplo.

“Não estou a fazer qualquer tipo de publicidade”

Neste momento não estou a fazer qualquer tipo de publicidade é mais o passa palavra, as pessoas vêm aqui, levam um cartão, ou eu ofereço um cartão da loja e pronto já apareceram aqui muitas pessoas que disseram:

- “Ah eu vinha ver porque me falaram. Uma amiga minha falou-me e eu vim ver.”

Neste momento não tenho nenhuma estratégia delineada, num futuro próximo quero fazer publicidade à loja. Tinha pensado, aliás já os contactei, fazer publicidade no autocarro turístico, nos panfletos, porque acho que um dos públicos alvos, como é o turista, tinha todo o interesse fazer publicidade nesse meio. Mas para já não estou a fazer assim nada em concreto, não tenho nada na manga.

“O maior medo que eu tinha era precisamente não ter clientes”

Tem sido melhor do que eu estava a espera, sinceramente. Eu venho duma família de comerciantes e tenho noção de que as coisas não são fáceis e que principalmente uma loja nova, tem que ter o seu timing para se implementar, para crescer, para que as pessoas comecem a conhecer, a verdade é que tenho tido uma aceitação muito boa.

Da parte dos turistas que acham piada à loja, normalmente dão os parabéns, acham a loja muito acolhedora. Era esse o objectivo, ter uma loja acolhedora onde as pessoas se sentissem à vontade e pudessem encontrar algo que gostassem para levar, e também por parte das pessoas que passam, portugueses, que moram aqui, pessoas que vêm de passagem.

Portanto tem sido uma agradável surpresa, tem mesmo. Não sei se também pelo tipo de produto que eu tenho, porque eu tenho produtos para todas as carteiras. Tanto pode gastar um euro, dois euros como pode gastar mais, mas o produto que eu tenho aqui mais caro se calhar não ultrapassa 30 a 40 euros e nem é sequer comestível é um produto qualquer de artesanato. Portanto acho que aí também tem ajudado a que as pessoas entrem e não se assustem, porque vêem que há uma variedade muito grande de preços. Portanto a aceitação tem sido muito positiva, acho que para uma loja que ainda não tem um mês acho que me posso dar por feliz.

Acho que a maior dificuldade, o maior medo que eu tinha era que as pessoas vissem, que gostassem, mas que não entrassem. Mas a verdade é que as pessoas gostam e compram, por pouco que seja. Acho que, posso dizer que já tenho pessoas que vieram aqui duas e três vezes, portanto isso deixa-me bastante feliz porque eu também quero criar a minha clientela. Mas o maior medo que eu tinha era precisamente não ter clientes.

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