Pessoas

Mini Biografia

José Eduardo Oliveira Basto Barbedo Ferreira nasceu a 24 de Fevereiro de 1964, em Cedofeita no Porto.

Os pais chamam-se Eduardo Valentim Basto Barbedo Ferreira e Maria Regina Jorge Oliveira Barbedo Ferreira. O pai é também gerente da Papelaria Peninsular e a mãe sempre foi doméstica. Aos 19 anos começou a trabalhar na Peninsular “fiz de tudo aqui. Tive aquilo que se pode chamar uma instrução sobre todos os aspectos desta casa: sobre papelaria, sobre encadernação, sobre o escritório, sobre as artes gráficas“.

Faz de cada cliente um amigo e acredita que o tratamento personalizado está na base de uma boa relação.

“É difícil descrever”

Antes, tive um negócio de carros. Montava e vendia carros, “pintava a manta” com eles, porque foi sempre o meu hobby número um.

Depois é que vim para aqui, com 19 anos. Fiz de tudo aqui. Tive aquilo que se pode chamar uma instrução sobre todos os aspectos desta casa: sobre papelaria, sobre encadernação, sobre o escritório, sobre artes gráficas. Tirando o meu pai, naturalmente, não há aqui ninguém que saiba mais do que eu. Vim para aqui sem formação nenhuma, mas fui-me habituando às coisas, fui trabalhando com as pessoas, fui sabendo das coisas novas, fui investindo.

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Rua

“Tínhamos aqui tudo!”

A Rua Mouzinho da Silveira é uma rua que tem movimento, é um local central mas que não tem compra. É uma rua larga de passagem e sempre foi.

Antigamente, há 20 anos, havia mais gente, havia mais movimento, muito mais.

A Rua Mouzinho da Silveira tinha despachantes, tinha lojas de venda a retalho, de mercearias, calçado, vestuário, nós tínhamos aqui tudo! Era uma zona em que o Porto estava mais junto. A Rua das Flores, a Rua do Belmonte, a Rua Mouzinho da Silveira, a Rua de São João, a Rua do Infante, todas estas ruas. Tínhamos o Porto inteiro, por assim dizer.

Lembro-me perfeitamente do eléctrico em Santa Catarina e a fazer Costa Cabral toda. Naquela altura, as pessoas andavam mais de transporte público, era essencial para as necessidades das pessoas. Quando tinham de comprar alguma coisa iam a pé, não tinham necessidade de andar de carro. Agora é tudo muito longe e é impossível fazer qualquer coisa que não seja de automóvel.

Agora, está bastante diferente. O comércio foi começando a cair, a cair e caiu completamente. Fecharam uma série de casas, umas 20 a 30 por Mouzinho da Silveira. Isso é que é preocupante.

Em 20 anos, as mentalidades mudam. Não havia supermercados, não havia hiper, não havia nada que justificasse a ida para nenhum lado, porque não havia e agora há. Agora, o motivo maior é a crise em que estamos há quatro anos, numa crise de cima a abaixo em que tem que haver muitas cautelas. Por isso, gostava de ver mais movimento e mais comércio, como ela tinha há alguns anos atrás. Não haver lojas fechadas, nem prédios absolutamente tapados.

Acima de tudo o que é preciso é o desenvolvimento das lojas em si, porque esta parte aqui da cidade está muito velha. Tentar cativar a zona para o novo comércio é que faria as pessoas talvez vir mais para cá. Estão a recuperar alguns prédios, mas pontualmente. Todos os edifícios que abrem são bem-vindos. Dar jovialidade à cidade e dar-lhe um clima diferente do que é há uns anos atrás.

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