Papelaria e tipografia

A nossa loja, a Papelaria Peninsular, sob a firma Valentim Ribeiro Gonçalves Basto & Cª., Sucessora, Ldª., funciona no prédio com os números, 67, 69, 71 da Rua Mouzinho da Silveira , no Porto.

É um estabelecimento de artigos de papelaria e tipografia.

Dispondo para venda da maior variedade de artigos do ramo, produz também todo o género de trabalhos gráficos, quer para fins artísticos, quer para o comércio e a indústria.

Mais antiga que 1905

Embora o registo de fundação da firma pelo meu avô date do ano de 1905, ela deve ter sido fundada antes, pois temos nos nossos arquivos correspondência anterior àquele ano.

O meu avô sempre procurou dar à sua casa um bom desenvolvimento, até ao seu falecimento em 1928.

Começou em frente às instalações actuais, numa casa muito pequena da Rua de S. Crispim, situada numa esquina, onde existe hoje a Rua da Bainharia, tendo mais tarde adquirido as instalações actuais.

O meu avô era um iberista convicto, adorava a Espanha, sendo por isso que deu à sua casa comercial o nome de Papelaria Peninsular.

O início da actividade foi com o ramo gráfico, sendo com a compra das instalações actuais que ampliou também ao ramo de papelaria.

“É com grande satisfação que vejo haver continuadores”

Tenho dois filhos e quatro netos. Os dois filhos já há bastante tempo trabalham comigo e, há pouco, também um dos netos.

É com grande satisfação que vejo haver continuadores e, sobretudo, porque foi de sua iniciativa virem para aqui trabalhar. Neste momento, o meu filho Eduardo Jorge encontra-se afecto ao sector administrativo e o meu filho José Eduardo às áreas da produção e relacionamento com clientes.

“A incerteza quanto ao futuro preocupa-me”

Antigamente, os sectores gráfico e de papelaria equivaliam-se praticamenteno no volume dos nossos negócios.

Actualmente, a gráfica atingiu um desenvolvimento superior, porque as mudanças atrás referidas e o advento das grandes superfícies afectaram bastante o ramo de papelaria.

A incerteza quanto ao futuro preocupa-me sobremaneira. A crise está a determinar uma concorrência desenfreada de preços, em que se chega a ponderar se vale a pena praticá-los só para manter o pessoal a trabalhar. Já tivemos 23 pessoas no nosso quadro de pessoal, que agora está reduzido a 18. Os profissionais que se reformam não são substituidos.

A opção de mudança para outro local não é de considerar. O prédio é nosso e eu não poderia de modo algum dispor-me a sair daqui.

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