Pessoas

Mini Biografia

Paulo Manuel das Neves Duarte nasceu em 1967, em Espinho.

Inicialmente trabalhou num restaurante, passando depois por um café e discoteca mas, desde há 20 anos, está na Casa das Rolhas, uma loja fundada em 1850. “É uma loja simpática, acolhedora, pequenina, que tem tudo relacionado com vinho.

Acredita que após a classificação do Porto como Património da Humanidade a cidade tem recebido mais turistas e que estes possam ser ua solução para minimizar o decréscimo dos clientes da cidade do Porto e zonas limítrofes.

“Desde pequenito trabalhava com o meu pai”

O meu primeiro emprego foi num restaurante que o meu pai tinha em Espinho. Nos tempos livres, desde pequenito, trabalhava lá com o meu pai e com a minha mãe. Era um trabalho duro, tinha que me levantar cedo e às vezes era até à meia-noite. Era duro mesmo, trabalhava muito, principalmente à segunda-feira. Aquilo era um movimento que nunca mais acabava. Estive lá até aos 20.

Depois, tive um emprego num café e um part-time numa discoteca.

Há 20 anos vim para aqui, quando o meu pai passou o restaurante. Surgiu isto como negócio e ele tomou conta. Como já era comerciante de madeiras, estava relacionado mais ou menos ao ramo, adquiriu. É um trabalho mais calmo, a nível de clientes, de atendimento de público. É totalmente diferente do restaurante.

Rua

“O futuro vai ser o turismo”

Antigamente, a rua tinha mais comércio. Quando cá cheguei, existia a Casa das Balanças, existia a Sementeira e existia uma casa de ferragens ao cimo da rua. Tinha mais comércio, tinha mais movimento. Agora fecharam muitas casas. O movimento é fraco, muito fraco, mas isso é geral. É a recessão, o poder de compra é menor.

Mas desde que o Porto passou a Património Mundial também há mais turistas. Tem menos de um lado e tem mais do outro. A nível de turismo aumentou muito.

Noto que as grandes superfícies têm a vantagem sobre o comércio. Os clientes lá têm estacionamento, é mais fácil. E mudam-se os costumes das pessoas. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. É a evolução dos tempos.

Agora, o pior da rua são as casas degradadas, estão muito velhas. Muitas lojas fecharam, porque não suportam as obras e os senhorios também não as podem fazer, as rendas também não permitem. Precisam mesmo de apoios. Uma loja nova tem que trabalhar muito e os primeiros anos são a trabalhar para o tecto.

Primeiro que se sobreviva é complicado.

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