A maioria é um cliente que é nosso já há alguns anos, que continua a ser fiel. É o cliente de passagem porque nós aqui também temos uma escola na rua.
Isso para nós também foi bom, porque aparecem muitos clientes mais jovens e é bom vir para aqui, para este tipo de rua. Depois temos imensos clientes, visitantes estrangeiros, não são propriamente clientes porque não compram, mas que passam muito nesta rua. Passam, entram, gostam de ver, gostam de saber o preço e depois não passa disso. Mas pelo menos visitam e é muito agradável.
Há aquele cliente que é assíduo, o nosso cliente, é cliente destes armazéns todos. Passa-se um pouco isso, quem vai à farmácia é quem vem aqui. Nós passamos a palavra, se eles querem algo, quantas das vezes nos trazem até aqui o cliente porque falou que precisava de um perfume. No fundo, são clientes que ficam amigas de chegarmos ao Natal e termos caixas de bombons.
Mas não é pela oferta em si, é o reconhecimento da própria cliente e acho que isso é muito bom, isso é melhor, esse tipo de reconhecimento seja ele qual for.
A nossa relação com os clientes é completamente diferente da das grandes superfícies, isso eu tenho a certeza. Porque isso eu noto por mim, quando vou fazer uma compra faço só porque me agrada o artigo, não é porque conheça a empregada, nem os donos, nem nada mais. Não passa essa parte tão pessoal.
Somos tratados mais impessoalmente, mas pronto é uma época diferente.
Também já temos gama para homem e o homem quando se começa a tratar é pior do que a mulher, é mais consumista e mais cuidadoso. Pode ainda não haver muitos a fazerem, mas aquele que o faz é fiel e cumpridor e se gosta mantém.
Não é como nós, podemos até gostar mas se estamos a ver na revista algo que está a sair, então vamos experimentar. O homem gosta mais de manter aquilo que ele já sabe que lhe faz bem e que ele gostou.