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Pessoas

Mini Biografia

Ana Paula Conceição Pinheiro Borges nasceu no Porto no ano de 1964. Teve mais 6 irmãos com quem brincava à vontade “no Jardim das Virtudes.

Da sua juventude recorda que “passeava muito no Jardim da Cordoaria e na Praça Carlos Alberto.” Trabalha há 14 anos na perfumaria “a minha função era arrumar, limpar, conferir a mercadoria e marcar. Depois é que comecei a atender.” Actualmente é uma das duas sócias.

Os perfumantes e o atendimento personalizado aos clientes são as suas duas grandes paixões “gosto de o tratar bem, de lhe dar sempre o boa tarde, de perguntar se ele precisa de ajuda”.

“Tive vários empregos”

Depois de trabalhar com minha mãe, quando cresci mais um bocadinho, trabalhei num pronto-a-vestir no Centro Comercial Dallas. Foi coisa de seis meses e como não era assim uma coisa que tivesse muito movimento, a experiência não foi muito grande.

Depois, trabalhei também no Centro Comercial Sirius numa sapataria, depois na restauração numa fábrica que já não existe que era de plásticos. Tive vários empregos. Também trabalhei no Café Imperial, em limpezas, as manhãs e depois as tarde. Fiz várias coisas.

“Primeira experiência no atendimento”

A primeira experiência no atendimento ao público durou muito pouco tempo e havia muito pouco movimento. Aquilo pelos vistos dava à noite e eu fazia o horário normal que era o de dia. Eram mais os jovens e não era assim tão difícil como isso atendê-los. Eu estava com o patrão e ele estava-me a orientar, ensinar, porque eu também nunca tinha ido trabalhar para um pronto-a-vestir.

Achei que não era assim muito difícil. Até me aborreci e não consegui lá estar mais tempo, porque era parado demais para mim. Eu não fazia grande coisa, passava a vida a limpar, a mudar as coisas dos sítios, para ter que fazer, senão estava ali completamente parada.

Na perfumaria foi onde eu estive mais anos. Já estou cá por volta de 14 anos. Não fixo muito datas, mas há 14 anos com um serviço completamente diferente do que estou a fazer agora. Não deixo de fazer as mesmas coisas, só que mete outras agora, como cremes e assim, que não era a minha função. A minha função era arrumar, limpar, conferir a mercadoria e marcar. Depois é que comecei a atender, porque às vezes a situação assim obrigava. As colegas tinham várias coisas a fazer e eu comecei a atender. Agora, já percebo mais um bocadinho e vou tentando perceber mais. A parte da cosmética é mais difícil e eu não estou ainda com muita experiência, mas acho que com a continuação e com a colega, que me vai ensinando, a pessoa vai tentando aprender. Tem que ser.

Áudios

Rua

“Gosto muito da rua e de estar aqui”

Quase todos os fins-de-semana eu passava aqui na Rua das Flores, vínhamos com a minha mãe às compras. Por acaso, não gostava muito. Eu passava ao sábado, estava sempre tudo fechado e eu dizia:

- Não gosto desta rua, está sempre tudo fechado.

Já comentei até que o facto de eu não gostar fez-me vir aqui parar.

Quando vim para cá trabalhar, tinha muitos mais armazéns abertos. A confusão era muita de pessoas e de carros. Era muito mais movimentada do que agora. À semana, porque ao fim-de-semana, quando eu passava, estava sempre tudo muito calmo. Ainda agora esta rua, depois das 19 horas, fica muito calma.

Nessa altura, notava-se bastante o movimento. Mesmo na altura do Natal, sentia-se as coisas de maneira diferente. Não tem nada a ver com o que é agora, até porque não tem tantos armazéns como tinha. Alguns fecharam e nota-se muito a diferença. Agora, é um pouco mais parado, mais triste.

Agora, gosto muito da rua e de estar aqui, dá-me muito jeito, porque tenho o meu filho muito perto daqui da escola, tenho a minha mãe perto de mim.

Só gostava que ela estivesse diferente, que não tivesse tanta loja fechada. As coisas também se estão a degradar bastante e isso torna tudo mais deserto. Basta começarem lojas a fechar e ficarem muitos anos fechadas para começar a ficar tudo degradado. Assim, a rua é feia.

“Precisava de mais lojas abertas”

Fechar a rua ia ajudar muito, porque esta rua é muito confusa e depois com os carros a descarregar ou carregar, torna-se ainda mais confusa. Se não tivesse carros era bem melhor.

Quanto a mim, era uma das coisas que devia ser feita. Depois, precisava de mais lojas abertas, lojas até de coisas que aqui já não existem, porque depois umas coisas chamam as outras. Uma pessoa passa para o armazém, vê a perfumaria, é muito chamativo. Quando tínhamos esta loja em frente com aquelas bugigangas, pedras para fazer colares, pulseiras, tínhamos muitos clientes. Iam buscar os colarzinhos, as pulseiras, porque eles tinham sempre coisas muito engraçadas.

Nós apercebíamo-nos que as pessoas iam ali, atravessavam, porque viam que era uma perfumaria, entravam e por vezes compravam. Quando aquilo fechou, o senhor ainda pôs lá a montra com uns vinhos, mas a princípio era uma tristeza. Nós olhávamos em frente e estava aquilo tudo vazio e isso tirou um bocado de movimento, porque aquilo todos os dias tinha muitos clientes. Depois, ficou assim muito triste, até porque não tinha luz, não tinha nada na loja.

O que a rua tem de pior é mesmo as casas estarem fechadas. Torna-se frustrante uma pessoa olhar, ver as casas que existiam e agora tudo fechado… Não se sente aquele movimento, aquela alegria, porque havia empregados que nós reconhecíamos de todos os dias.

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