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Pessoas

Mini Biografia

Maria do Céu Celeste Rosas de Melo, nasceu em Melcões, Lamego, no dia 15 de Agosto de 1939. Filha de Alfredo da Silva Melo e de Rosa Celeste Rosas de Melo, foi criada por um dos fundadores da Casa Coração de Jesus, “tratava-os por padrinhos“.

Depois da quarta classe “não quis estudar mais porque tinha medo e estava a gastar dinheiro.

Recorda os tempos em que ficava a ver o descarregar dos barcos no Rio Douro. “Eram barcos brancos e pretos. Sabia o nome deles todos“.

Casou e passados dois anos teve o Miguel, o filho de quem muito se orgulha.

Actualmente divide o seu tempo entre a Casa Coração de Jesus, a família e a Conferência de São Vicente de Paulo.

“Vinham aqueles barcos grandes descarregar para o rio”

Estive empregada nos correios, na telefónica na parte internacional e depois, mais tarde, fui para o Ramos Pinto e estive lá até vir para esta loja. Eu sou do tempo em que vinham aqueles barcos grandes descarregar para o rio.

Entretinha-me muito, punha-me no muro do quintal a ver. Eram barcos brancos e pretos. Sabia o nome deles todos. Então, via descarregar os carros para as barcaças e depois as barcaças levavam aquilo embora.

Vim aqui para a loja, porque o João estava sozinho com a menina e:

- “Tu vem, tu vem, tu vem.”

Entretanto a minha madrinha deu-me a cota e eu cá fiquei. Eu penso que há 14 anos que estou aqui.

Rua

Uma rua muito bonita

Mouzinho da Silveira, já nem sei quem é que ele foi. Sei que foi um grande homem. Senão, não davam o nome dele a uma rua. Eu já soube. Nos meus tempos de colégio soube na História, mas de momento não me lembro. Sei que foi um grande homem, não sei se foi para o Porto se foi para o país.

Casa sim, casa sim era tudo comércio. Aqui em cima era o Sebastião Brás que tinha pregos, cafeteiras, tudo assim. Sei que aqui pegado eram os botões, depois mais acima era uma casa de balanças e por aí fora. Havia uma mercearia. Isso lembro-me.

“Havemos de ter melhores dias”

Tudo condiz com a hora actual. Como diziam, no tempo das vacas gordas, aí a vida corria muito bem. Agora é pior, mas pronto, havemos de ter melhores dias. Isto de tirarem as pessoas porque as casas estão velhas, porem-nas nos bairros… Ficou a rua vazia. E para quê? Para estarem aí as casas todas desabitadas, tudo a cair de velho. Enquanto isto não for tudo restaurado e meter cá gente nova, isto não vai lá das pernas. Porque saiu daqui muita gente e gente muito boa, outros morreram.

Para já, restaurar os prédios é a primeira coisa, porque estando os prédios restaurados, mais gente vem cá. Assim não, chegam ali à entrada:

- “Ui, que está tudo tão velho. Vamos para outro lado.”

Portanto, estando a rua restaurada eu acho que isto vai ter outro movimento.

Uma rua com tanto movimento que é entrada e saída da cidade. Uma das entradas. É uma rua bonita desde que esteja restaurada.

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