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“Um público que gosta de fugir do massificado”

O nosso público alvo é um público jovem, informado, conhece certos ambientes de marcas internacionais e é curioso. Anda à procura de coisas, sabe o que quer. Nesse aspecto lemos a mesma cartilha, digamos. Há uma série de códigos, tentamos saber o que se está a passar e acompanhar essas tendências.

É um público que gosta de fugir do massificado. As coisas começaram-se a massificar com lojas muito grandes. Neste momento, perante tanta massificação, há uma certa procura do mais individual e esse é o nosso público principal.

A rua de São João é a entrada dois, se bem que não gosto de chamar por entrada dois porque no fundo até é uma entrada maior, mas é uma rua diferente, é uma rua mais escura, com menos movimento. Não passam autocarros, que é importante, e as pessoas vêem. É uma rua onde passam os turistas porque é a primeira rua quando eles descem do centro da cidade, onde vêem a água do rio e isso é como que o indicador do caminho.

Temos um público estrangeiro que fala esta linguagem, entende perfeitamente, vai encontrar marcas que porventura no país dele há, mas não há com certeza neste ambiente nesta mistura. E depois estão de férias, estão descontraídos. Há sempre algum dinheiro. Há sempre o dinheiro para uma t-shirt para uma recordação de uma marca ou outra gira que eles possam encontrar aqui. Esses são basicamente os nossos públicos.

Alguns turistas que bebem o vinho do Porto e vêm assim mais contentes. Alguns italianos muito divertidos passam aqui bons momentos.

Muitos turistas nacionais também gostam do ambiente da loja e passam aqui momentos divertidos.

É sempre engraçado vender um 44 a alguém que calça 40, mas são vontades que a gente não quer desfazê-las. Ele quer aquele ténis e só há o 44 mas ele leva na mesma e mete as calças lá para dentro. Ele sai daqui com eles calçados e feliz e o nosso objectivo é esse. Nós obrigar, não obrigamos ninguém a comprar, mas se as pessoas quiserem muito comprar e se gostam delas assim, pois levem.

Comprarem tamanhos sobredimensionados é normal. É normal no estado em que estamos, nessas tendências, mas às vezes acontece de comprarem coisas mesmo grandes. Mas é peça única e eles tanto querem e têm o dinheiro ali e até está em desconto e vai. Pronto e para nós é um momento sempre engraçado.

Somos pela independência e pela liberdade. Há certas coisas que eu aceito.

- Ó pá, se é assim que tu gostas eu…

Posso dar é sugestões. Opiniões já são diferente. Posso sugerir que se gosta daquela calça que ele experimente. Se ele quer vestir a outra totalmente ao lado e é aquilo o que ele quer, a minha opinião fica logo por ali.

“As grandes superfícies não têm atendimento”

O atendimento é diferente só no sentido em que as pessoas estão habituadas a grandes cadeias de lojas em que não há atendimento. À primeira impressão ficam um pouco, não diria constrangidas, mas ficam desconfortáveis com a abordagem. Não estão muito habituadas a serem abordadas e nós quando é assim também nos calamos e retiramo-nos um pouco. Gostamos de perceber o que as pessoas querem e também fazê-las perceber um pouco daquilo que temos para oferecer. Isso é sempre uma questão de emissor-receptor. Se a coisa não funcionar muito bem a gente tem que aproveitar uma saída airosa e deixar a pessoa à vontade.

Não interferimos na escolha. A gente interfere, no sentido em que mostra, dentro daquilo que quem nos visita pretende. Se quer umas calças, mostramos-lhe o que é que podem ser as melhores hipóteses de calças. Se for uma malha mostra-lhe as coisas que possam ser mais do agrado da pessoa. Como sabemos aquilo que temos em casa, orientamos a pessoa. Se quer umas calças, temos aqui estas, se quer uma t-shirt ou um pólo mostramos os pólos que temos. No fundo o nosso trabalho dentro da loja é esse, é mostrar aquilo que temos em função da pessoa que se nos apresenta à frente. Se quer umas calças não lhe vou mostrar uma camisola. Então pronto poupo-lhe um pouco o trabalho, se calhar. Posso sugerir que fica melhor esta ou fica melhor aquela, mas isso é muito subjectivo.

As pessoas têm bem a noção daquilo que querem e uma voz exterior às vezes é um pouco incomodativa.

As grandes superfícies não têm atendimento. Limitam-se a dizer:

- “Quer calças? Estão ali ao fundo. Vá lá e procure.”

As pessoas que estão dentro dessas grandes superfícies estão a arrumar a roupa que os clientes desarrumam porque andam à procura. Basicamente. A loja está em arrumação permanente. As pessoas que lá estão podem dar uma ajuda, mas não estão ali para atender. Estão ali para arrumar a loja e uma ou outra coisa que podem atender. Não tem nada a ver com o tipo de atendimento que lojas deste género possam ter. Eu também sou cliente desse tipo de serviços, sei como é que as coisas funcionam e é assim.

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