Sobre o projecto

Este projecto, desenvolvido em parceria com a Câmara Municipal do Porto e a SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana), enquadra-se num conjunto de operações de regeneração urbana, centradas num eixo urbano que compreende a Rua Mouzinho da Silveira e a Rua das Flores, na cidade do Porto.

O comércio tradicional faz parte da razão de ser destas duas ruas, uma vez que:

  • Viabiliza a sua existência;
  • Explica uma parte da sua organização interna;
  • Justifica parte da mobilidade que se realiza no seu interior, efectuada tanto pelas pessoas que nelas habitam como as que a ela recorrem periodicamente.

Para além disto, estas duas ruas pela diversidade de pessoas e mercadorias que nela transitaram e transitam, constituem simultaneamente, uma fonte de informação histórica, um pólo difusor de informações, um lugar de contactos, um espaço de recreio e lazer.
O que pretendemos com este projecto não é só valorizar os espaços comerciais destas ruas, é também, identificar, compreender e preservar as memórias, as histórias e a vida de quem lhes está adjacente.

Este projecto, embora numa escala mais concentrada nas pessoas, procura implementar um conjunto de iniciativas de valorização e promoção da oferta existente a nível do comércio tradicional através deste sistema de informação (site) e de actividades de dinamização cultural que tiveram lugar nessas ruas.

Este projecto tem como objectivos:

  • Projectar a imagem e reforçar a competitividade do comércio tradicional;
  • Identificar tendências na revitalização comercial destas ruas;
  • Reter sinais, acontecimentos e espaços do passado, preservar a história para as gerações futuras;
  • Dar maior visibilidade a estas duas ruas enquanto sítios de memória colectiva;
  • Promover a aproximação e as parcerias com instituições, comerciantes locais e residentes;
  • Promover a oferta comercial, as actividades lúdicas e a animação da zona

Metodologia

Tendo por base duas metodologias de trabalho, a pesquisa histórica e as Histórias de Vida – que nos permite, através de um trabalho directo com os comerciantes locais, identificar estórias e memórias relacionadas com o espaço, pessoas, momentos e objectos – desenvolvemos este produtos que integra uma base de dados com informação histórica, campanhas de marketing e recolhas de memórias (histórias de vida) associadas aos espaços de comércio tradicional.

Os conteúdos, de base imaterial, foram interpretados dando origem à criação e apresentação de acções de valorização local e de animação de espaços.

A metodologia de trabalho subjacente a este projecto primou pela estreita relação que criou com as pessoas e pela valorização e importância que atribui à sua história de vida para o desenvolvimento local.

Este trabalho constitui, portanto, como uma estratégia fundamental para a reabilitação e valorização dos elementos de memória e formação da identidade cultural portuense.

Ficha técnica

Editor:
TRENMO Engenharia S.A.

Coordenação:
Jenny Campos
Liliana Monteiro

Editores:
Ana Cruz
Cláudia Simões
Jenny Campos
Joana Ribeiro
Liliana Monteiro
Marlene Andrade
Susana Pires

Design:
TRENMO Engenharia S.A.- Patrícia Oliveira

Desenvolvimento Web:
MYCORP®

Fotografia:
Armando Afonso

Vídeo:
Tiago Mendes

Pesquisa Histórica:
Gabriel Silva

Avaliação

Futuro promissor

Tudo o que vocês puderem fazer para valorizar o comércio tradicional, para valorizar a zona antiga da cidade é óptimo. Agora digo-vos uma coisa, têm que ter muita coragem, a coisa não vai nascer de um momento para o outro. Vão ter alguns revezes, mas têm que olhar em frente e procurar que todos trabalhem com vocês.

A nossa firma é uma das mais antigas da Rua das Flores…Esta rua tem um passado esplendoroso, um presente difícil mas, esperamos que o futuro seja mais promissor resultante das obras de reabilitação em curso.

António Oliveira

“Talvez seja engraçado ver esse sítio na Internet”

É capaz de ser engraçado. Nunca imaginei isso. Eu por acaso não tenho muito o hábito do computador. Como trabalho com o computador todo o dia, chego a casa e só pego no computador quando é para arranjar, para o transportar. Nem tenho o hábito de estar a conversar uns com os outros. Gosto mais de face a face. Mas é capaz de ser giro. Como a juventude tem outra actividade e outra noção das coisas, fomos educados diferentes e como têm acesso à informática talvez seja engraçado ver esse sítio na Internet e ver as histórias. Deve haver histórias muito engraçadas. Há gente aí que trabalha há, sei lá, 40, 50, 60 anos e é capaz de ser engraçado. Eu acho uma boa ideia, tal como da galeria achei uma boa ideia e espero que se tenha sucesso.

Manuel Ferreira

O amanhã desta rua

Este trabalho acho óptimo, acho que já devia ter sido feito há mais tempo.

Peca por ser tardio. Mas esperemos que ainda vá a tempo, é isso que eu auguro, que ainda se consiga fazer alguma coisa ao que resta. Sobretudo, para ajudar os resistentes e aqueles que têm vontade de preservar a rua. Por exemplo, a Casa Carregosa, a casa bancária, mantém aquilo pelo nome, por ser na Rua das Flores porque toda a actividade está fora da Rua das Flores. Mas o que existe são as pessoas que são teimosas e que acreditam que gostariam que isto voltasse.

Ninguém vai voltar ao antigamente porque é utópico, o dia de hoje não pode ser igual ao de ontem, mas hoje temos de pensar ou trabalhar em função do que amanhã nós queremos. É hoje que nós temos de fazer o amanhã e é isso com certeza que estão a fazer com este trabalho. Estão a fazer o que será amanhã esta rua. Isso se não morrer totalmente com as obras e com os projectos da falta de cuidado que houve.

Maria Eduarda Matos

“Extremamente interessante”

Eu achei extremamente interessante este projecto, por tudo. Porque eu também estou a fazer esse projecto, a recolher coisas antigas da minha vida para o nono ano. Este projecto acho que é extremamente interessante, só espero que vocês não fiquem pelo caminho, que isto tenha mesmo pernas para andar. Tudo o que for preciso da nossa parte, nós queremos poder contribuir, mas que não fique dentro de uma gaveta. Os projectos em Portugal passam tantos pela gaveta e ficam a ganhar raízes, que era uma grande pena. Já que querem mudar a parte histórica e já que há dinheiro da CEE, que não tenhamos de entregar outra vez dinheiro à CEE destes fundos, ao menos que aproveitem em prol de algo, que somos nós.

Irene Gonçalves

“Que crie algum impacto”

Francamente, acho fantástico e agrada-me imenso que sejam pessoas jovens a entrevistarem-me. Agrada-me imenso ver o passado e o actual entrelaçados. Eu gosto muito do clássico e do moderno. Acho que há coisas fantásticas no nosso passado, no clássico, que se devem manter. Mas poderemos actualizá-las, porque também há coisas modernas fantásticas. Essas duas coisas podem coabitar perfeitamente e acho que podemos fazer uma coisa muito, muito bela, muito bonita. Só espero que seja um projecto que esteja a iniciar e que vá a bom porto. Que esta acção que vocês estão a desenvolver, que eu acho interessantíssima, tenha causa efeito, crie algum impacto, faça mudar, acelerar ou melhorar alguma coisa. Espero que o meu testemunho, que vale o que vale, possa contribuir para que quem esteja a ler-me possa fazer algo por isto. Eu, pelo menos, estarei sempre disponível para contribuir em relação a qualquer sugestão que nos seja feita logo que haja seriedade no empenho e que não seja mais uma tentativa em que não haja nos diferentes intervenientes a vontade, de realizar algo de concreto e palpável desta acção, e que de facto saiam desta iniciativa, resultados palpáveis em que todos só temos a ganhar com isso. Tornar a baixa um coração palpitante e não moribundo.

Jeannine Monteiro

Uma ideia para melhorar

Eu acho que é importante que haja alguém que tenha umas ideias para melhorar isto, porque isto não pode morrer. Nós temos aqui condições para continuar a ser uma rua de bastante comércio. Nós temos Santa Catarina e hoje Santa Catarina não morreu, o comércio existe na mesma. Esta rua também pode ser criada nas mesmas condições.

Vitor Teixeira

“Acho uma ideia óptima”

Acho uma ideia óptima, porque a união faz a força, acho que se nos juntarmos todos somos mais fortes do que se estivermos sozinhos.

Principalmente o comércio tradicional acho que tem mesmo que se unir e criar condições para que as pessoas possam e queiram vir comprar no comércio tradicional. Porque se as pessoas vêm aqui à minha loja e vice-versa e se vêm aqui à loja do lado, podem aproveitar para vir à minha. Ou seja, isto é um toma lá, dá cá, temos de trabalhar todos em conjunto. Ainda há bocadinho esteve aqui uma senhora que tem uma loja lá em baixo, que eu normalmente quando as pessoas me perguntam sobre o produto que ela vende eu mando-as lá para baixo, porque acho que tem tudo a ver. Não as vou mandar para outro sítio qualquer, se eles tão aqui na rua faz todo o sentido que as pessoas procurem os comerciantes aqui da rua. Portanto acho que a interactividade e a entreajuda só tem vantagens, para todos. Acho mesmo muito importante, que as pessoas se unam e tenham um objectivo comum.

Rosa Dias

“É importante”

Acho engraçado este projecto. É importante e trouxe-me boas recordações. Espero que tenham muito sucesso. Força…

Ana Maria Monteiro

Felicito e agradeço

Felicito e dou os meus parabéns por este trabalho. Fico muito grato até porque tudo o que houver para demonstrar o que é a Rua de Mouzinho, o que é a zona histórica da cidade é sempre uma glória para quem o fizer. Isso não tenha dúvida nenhuma porque tudo o que se fizer à volta disto é um benefício para aquilo que está moribundo, é uma tentativa para lhe dar vida. Agradeço, também pois claro estou cá, sou natural daqui, querem dar vida a isto, vamos lá embora. O que estiver ao meu alcance.

Ernesto Sousa

“Boa ideia”

Acho que é boa ideia, porque não falando só no nosso caso, podem dar oportunidade a outros de angariar algo aqui para zona. É esse o objectivo com certeza, com que estão a lançar isso e nós pela nossa parte, dentro do que podemos estamos a colaborar.

Moisés Paiva

“Que vá para a frente “

Eu acho este projecto muito bom. Vamos a ver se conseguem fazer alguma coisa por nós, pelo comércio em geral, em especial nestas zonas, porque estas zonas estão muito pobres. Que o projecto vá para a frente e que façam alguma coisa por nós, por esta rua e pela Baixa, que é isso que nós precisamos.

Maria Helena Ribeiro

“A curiosidade pode levar as pessoas a entrar no site”

Eu acredito nisso e sempre acreditei nessa área por causa do seguinte, cada vez mais a Internet se torna mais fácil de mexer e a curiosidade das pessoas, das cidades, eu até digo que podem não ser do Porto, principalmente de fora, a curiosidade de saber pode levá-las a essa área. Como somos todos uns “cuscas”, quando vimos qualquer coisa de particular gostamos de ir ver. A curiosidade pode levar as pessoas a entrar no site e ver, ler e até ficar a saber um bocado da história do Porto e depois querer vir ver. Acredito nisso honestamente. É por issoque eu acredito que este bichinho seja de muita gente também e possa trazer muita gente cá. Mas isso se é de português, se for estrangeiro já não vem.

João Costa

Avaliação

Isto é ar fresco que vem para a rua. Não é que me esteja a afogar, mas estamos em crise. A esperança é a última coisa a morrer. Agora acredito mesmo. Acho que as vossas ideias são de facto boas. Espero que não fiquem só nas ideias.

José Coimbra

Avaliação

Vamos lá ver se tem pernas para andar. A Deus o futuro pertence.

Paulo Duarte

Um estudo

Penso que vocês estão a fazer um levantamento do que é que se está a passar aqui nesta zona antiga, do que é que está acontecer ao comércio. Acho interessante um trabalho sobre isso, embora o que vai acontecer e o que está acontecer aqui é inevitável. Porque isto resume-se com os últimos tempos, as pessoas que viviam nos centros começaram-se a deslocar para as periferias por motivos de ordem económica, as casas mais baratas, mais casas, ou mais modernas e agora está-se a assistir ao inverso. As pessoas estão a reconhecer que realmente o antigo é bom, o histórico é importante. Isto vai ser uma zona se calhar das mais caras da Europa, porque é uma zona única. Já é património mundial e vai continuar a ser, cada vez vai ser melhor, portanto acho que é importante para os jovens saberem isso. Acho que vir aqui ao espaço da Ribeira, a este grande centro comercial, que ainda não é, mas vai ser, mais saudável do que andar a correr corredores do shopping, penso eu. Pelo menos para nós é, para os estrangeiros é muito, por isso acho que tudo isto, quer queiram quer não, mais lento ou mais rápido, vai ser muito bom no futuro.

João Lourenço

Boa iniciativa

Todas as ideias são boas, esta se calhar será muito boa desde que realmente se consiga dinamizar a ideia. Acho que sim, que é uma boa iniciativa.

Aida Chaves

“Eu acho este projecto bom”

Eu acho este projecto bom. Agora toda a gente usa a internet, mundialmente. E dando a conhecer é sempre bom. Até há muita gente a fazer negócio pela internet e em qualquer parte do mundo podem saber que há aqui uma loja e dedicarem-se a vir aqui. Não digo só os portuenses mas até os estrangeiros. Acho que é uma boa opção.

António Alves

“Que surta efeitos”

É um bom trabalho. Gostava era de saber quais são os fins, qual é o porto final desta aventura, quais os benefícios que vai trazer. Como disse, acho que qualquer coisa que se faça é sempre de louvar. Mas há tantas promessas e tantas coisas que se tentam fazer e que depois acabam por não surtir efeito ou até nem sequer chegam ao final. Espero que esta faça alguma coisa e surta efeitos para todos.

Viriato Lourenço

Inovar e dar vida é preciso

Sempre que haja qualquer coisa que seja inovadora é sempre bem-vinda. Tudo que seja para beneficiar ou para tentar levantar o comércio é sempre bem-vindo. Seja ele, na situação que for. Qualquer comerciante agradece de braços abertos, porque é preciso fazer qualquer coisa para que, de facto, o negócio não acabe por morrer. Já está moribundo. Se nada for feito, morre mesmo. Mesmo assim, com inovações e tal, vamos a ver até o que é que se pode fazer por ele.

Mas, se nada for feito, pode crer que morre mesmo. Anula-se. É pena porque quem viu a cidade há anos e quem a vê hoje… É evidente que tudo o que for feito para inovar as ruas, digamos, para dar vida às ruas é bem-vindo para o negócio e para qualquer tipo de situação.

Norberto Soares

“Este contributo é fundamental”

Eu acho que este contributo é fundamental. Logicamente, este trabalho vai permitir chegar a uma conclusão, e essa conclusão vai ser julgo eu, importante, não só para os comerciantes, mas para as suas associações, para que elas possam ser verdadeiramente agentes dinamizadores destas modernizações.

Destas modernidades que é preciso introduzir. E logicamente que todos estes estudos, julgo eu, vão ser importantíssimos para saber até que ponto é que é viável ou não fazer-se esse trabalho e ganhar-se essa força porque sem ela não vamos a parte nenhuma.

Jorge Dias

“É um chamamento para a rua”

Os resultados só no fim. Só depois de ver alguma coisa do projecto em si é que poderei dizer, mas penso que será proveitoso se for divulgado, se tiver a aceitação das pessoas. Este projecto parece ser mais virado para os portugueses e se tiver alguma visibilidade, poderá trazer mais gente aqui a esta zona. Pessoas que vivem noutras zonas da cidade. Eu já estou quase há 25 anos aqui e às vezes passa uma pessoa: – “Ai, passo aqui algumas vezes e nunca tinha reparado nesta loja.” Residentes cá no Porto. Portanto, não sabem que existe. – “Ainda bem que encontro porque tem aqui coisas que eu quando precisar venho cá”. Portanto, a nível de residentes do Porto será bom, se houver uma divulgação melhor do que existe nesta rua. Será um chamamento!

Artur Azevedo

“Perceber um bocado do passado”

As pessoas são curiosas. Penso que a Internet é um meio importante para as pessoas descobrirem coisas, conhecerem coisas, passarem a saber a história das coisas. Terem algumas ferramentas que lhes permitam pesquisar o que é que era ali, porque é que há comércio naquela rua, porque é que a outra rua tem muitas ourivesarias e isto e aquilo. Todas essas referências históricas são importantes para as pessoas perceberem um bocado no presente o porquê que estamos aqui agora. E havendo esse acesso a essa informação será que vai dar um apetite de ir conhecer essas lojas? Penso que sim. Não penso que directamente possa ser uma influência de trazer as pessoas à minha loja. Penso que é interessante as pessoas perceberem de onde é que isto em, perceber um bocado do passado, os ciclos pelos quais estas coisas já passaram e o que é que depois elas no futuro irão ver acontecer. No fundo é olhar um pouco para trás e depois terão oportunidade de viver estas transformações. Aí poderão ter acesso a alguma informação daquilo que foi e poderão perceber cada um à sua maneira, fazer as suas análises e perceber como é que as coisas se foram processando e o que é que aconteceu e por que é que chegaram àquele ponto. Depois, daí para a frente, o futuro é para elas próprias viverem. Têm aí mais uma ferramenta para entenderem aqui uma série de coisas.

Artur Piano

“Acho óptimo e de interesse”

Acho óptimo e de interesse este trabalho. É por isso que estamos aqui todos a colaborar, porque considero muito importante divulgar o comércio tradicional.

Eduardo Ferreira

2 comentários

  1. Liliana Monteiro diz:

    Vamos ajudar a promover estes espaços comerciais e a Baixa do Porto. Vamos voltar à Baixa!

  2. Filipe Rocha Monteiro diz:

    Parabéns pelo projecto e pela forma como o mesmo é aqui apresentado :)

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