Nova actividade, compra de ouro usado. Mostrar/Ocultar

Informamos todos os clientes e amigos que a partir do mês de Fevereiro iniciaremos uma nova actividade, relacionada com a compra de ouro usado. Aproveite!

Deixe ainda a sua cara-metade feliz neste São Valentim com a nossa promoção em toda a linha Dolce & Gabbana, já para não falar nas nossas peças habituais, originais e de qualidade feitas especialmente para si. Esperamos por si no local de sempre, a sua Joalharia de eleição na Baixa – JGR  Joalheiros.

Pessoas

Mini Biografia

Jeannine Dominique Monteiro, nasceu a 22 de Outubro de 1964, em Paris.

Filha de Agostinho Monteiro e Adriana Ramos Monteiro fala do pai como “grande ponto de referência, a pessoa que eu mais admiro neste mundo, como homem, pai e artesão”.

Desde cedo começou a entrar em contacto com o processo de criação e produção de jóias mas aos 28 anos larga tudo para se dedicar de corpo e alma à joalharia.

Abriu na Rua das Flores a JGR Joalheiros “é uma zona histórica em que o turista ou mesmo nós podemos voltar um pouco mais à nossa história, à nossa raiz. Isso e a tradição da joalharia e ourivesaria portuguesa faz com que este sítio tenha alguma magia” e propõem a abertura de “um museu sobre a joalharia, sobre a nossa história, sobre filigranas, ourivesaria” também nesta rua.

“Terceira geração de joalheiros”

Eu sou a terceira geração de joalheiros. Gostaria de ter uma outra geração, a quarta, que continuasse, mas duvido. Os meus filhos vêem isto com muita naturalidade, porque quando eu comecei a trabalhar com o meu pai eles eram muito pequeninos. No fundo, sempre me viram neste meio, mas não estão ligados à loja. Apreciam os desenhos e as criações que eu possa fazer em casa, mas mais nada.

A nossa empresa tem cerca de cento e poucos anos. A loja já não. A loja é algo que só vai fazer três anos, mas sempre tivemos fabrico na parte de trás da joalharia. Sempre fomos fabricantes. Vendíamos para armazenistas que por sua vez vendiam às ourivesarias, até que achei que podíamos ter nós próprios a nossa própria loja e foi assim que a JGR foi criada e surgiu este negócio. Eu não gosto muito de lhe chamar negócio, porque eu vejo-me mais como um artista do que propriamente como um comerciante.

Eu sinto-me muito à vontade aqui porque quem como eu mudou da minha formação académica para isto é porque de facto tem paixão. O meu pai desde pequenina dizia-me assim:

- “Jeannine não interessa qual seja a profissão que tu escolhas, o que interessa é que faças aquilo que de facto gostas.”

E quando se faz aquilo que se gosta é-se bom. E quando se é bom o dinheiro vem. Não há, de facto, nada melhor que se levantar de manhã e ser um prazer ir trabalhar. Eu tenho essa sorte…

“Quando vem a inspiração”

Eu não digo assim:

- Tenho que criar esta semana!

Não, é quando calha, é quando vem a inspiração e ponto final. Depende dos momentos que vivo, do estado de espírito. Por vezes escolho um tema e baseio-me nesse tema.

Eu sou uma observadora nata. Enquanto estou parada no trânsito, estou sempre a observar o que me rodeia, principalmente a arquitectura, os pormenores, etc. Nem penso no cliente final. Se estivesse, estaria a pensar de forma comercial e não é essa a minha filosofia. Eu crio espontaneamente e penso que irá agradar. É aquela coisa que flui…

Não vamos estar aqui com hipocrisias. Nós temos que trabalhar para subsistir, porque vivemos num mundo em que precisamos de ganhar dinheiro para as nossas coisas. Mas eu digo sempre que não preciso de ficar rica. É muito mais importante a minha realização pessoal e profissional como ser humano.

E todos os dias em que estou aqui, é isso que encontro. Posso ter problemas pessoais, mas eu entro aqui e esqueço-os, porque entro no meu mundo em que eu dou azo à imaginação e à criatividade.

Para mim é muito importante lidar com pessoas, comunicar e através da jóia consigo fazer isso e é fantástico. Conheço pessoas de vários continentes e mantemos essas amizades. É uma coisa de que eu me orgulho muito. O intercâmbio de culturas e de histórias que se passam aqui nesta loja.

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Rua

“Esta rua é das mais bonitas do Porto”

Eu acho que esta rua é das mais bonitas do Porto. Tem prédios lindíssimos.

É uma zona histórica em que o turista ou mesmo nós podemos voltar um pouco à nossa história, à nossa raiz. Isso e a tradição da joalharia e ourivesaria portuguesa faz com que este sítio tenha alguma magia. Eu apostei nesta zona, porque, de facto, acho que é o sítio indicado para mim. Foi uma boa escolha, historicamente muito interessante. Desde 1500 mais ou menos, que esta rua é dos joalheiros e de comerciantes. Era a rua dos ofícios (A Rua do Ouro) onde historicamente, vamos assim dizer, antigamente, era a antiga rua de Santa Catarina, a mais importante da cidade, a rua dos burgueses.

Manter a tradição

Eu choco-me por ver aqui outros negócios que não têm nada a ver. Acho, sinceramente, um crime, uma falta de respeito pela nossa história e as tradições.

Apesar de me identificar muito como portuguesa e francesa, sou uma grande defensora da cultura portuguesa e, para mim, é chocante ver alugarem esta zona a indianos ou a chineses. Não estou a querer ofender ninguém, mas um turista que vem a uma zona histórica não pensa encontrar uma loja de chineses ou de indianos, porque isso há em todo o lado do mundo. Deveria haver um regulamento sobre isso, se, de facto, queremos dinamizar a baixa e esta zona histórica. É a nossa história que se conta aqui…

Em Paris, existe a Rue de la Paix que também é uma zona só de joalheiros. Lá, era completamente impensável deixarem abrir um negócio de chineses no meio daqueles joalheiros. Havia um novo Maio de 68. Era impensável.

Uniformizar os horários de trabalho

Deveria haver uma uniformização dos horários de trabalho de todas as lojas.

As pessoas por iniciativa própria não farão isso. Quando vim para aqui, abria sempre à hora de almoço. Éramos os únicos. Tentei horários mais alargados. Também fui a única. Assim, não se consegue andar para a frente. Penso que as pessoas têm que, cada um na sua área, tentar inovar, tentar andar com as coisas.

“Criar um museu sobre a joalharia”

Uma coisa que eu acharia muito interessante, visto isto ser a Rua das Flores, seria criar um museu sobre a joalharia, sobre a nossa história, sobre filigranas, ourivesaria, etc. Seria muito adequado à rua e uma forma de chamar as pessoas a conhecerem a nossa tradição.

Mas podia fazer-se muita coisa com vários artistas de vários tipos, de vários quadrantes.

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