“Só querem ser atendidos por mim”

O nosso público é muito heterogéneo. Temos aquela pessoa que realmente não tem educação, a nível de ensino. Sei lá, pessoas até conhecidas, da política, médicos, engenheiros, advogados, juízes, malta da televisão. Pessoas que trabalham aqui, domésticas… Tudo e mais alguma coisa.

Depois são os vizinhos, pessoas que trabalham aqui na rua, nas imediações, muita gente que trabalhou aqui, que já está reformada e que continuam a vir cá. Coisas realmente que nos deixam muito agradados.

Eu tenho clientes que são capazes de passar aí uma manhã inteira se eu não estiver e só querem ser atendidos por mim. Coisa realmente que eu acho também inacreditável, porque eu digo mesmo às pessoas que podem pedir às meninas.

Mas depois é o falar, é o conversar, é perguntar mais alguma coisa, é falar depois também da família, dos amigos, das pessoas.

- Então está tudo bem? Como está a sua filha?

Ao fim ao cabo, estabelece-se uma relação. Somos amigos. Ao fim ao cabo, funcionamos também como confessionário. As pessoas contam-nos parte da sua vida, o que corre bem e o que corre mal. Às vezes também é duro ouvir algumas notícias menos boas e ter a capacidade de argumentação para incentivar e tudo.

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